Governo Volta a Criar Programa Eleitoreiro

Para PSDB, ação do PT é desprovida de qualquer seriedade


Deputado Gustavo Fruet (PR)

Brasília (28) – No apagar das luzes do mandato do governo petista, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro, apresentou nesta terça-feira um pacote de metas sociais, econômicas e ambientais para o país no ano do bicentenário da independência do País.
O chamado Plano Brasil 2022, estranhamente, encomendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva se estende ao sucessor do seu sucessor. O conjunto de metas, na visão de especialistas, é descolado da realidade, a começar pelas bases que o sustentarão. A versão definitiva será levada ao presidente em junho, mês que antecede a campanha eleitoral.
Para o deputado Gustavo Fruet (PR), líder da minoria na Câmara, o governo petista tentou copiar o ex-presidente Juscelino Kubitschek, mas segue num caminho inverso. "Enquanto o governo JK previa um avanço equivalente a 50 anos durante seu mandato de cinco, a gestão petista apresenta cinco anos de mandato, mas um prejuízo equivalente a 50", ironiza.
A verdade é que, sem avançar de forma significativa em questões básicas, como educação, durante seus quase oito anos de gestão, o governo promete, nos próximos 12 anos, erradicar o analfabetismo pleno e funcional, universalizar o ensino integral, acabar com a desnutrição e reduzir à metade a mortalidade infantil. É uma lista de projetos para os próximos governantes.
A ambiciosa meta inclui ainda a eliminação da pobreza absoluta, número de pessoas que vivem com menos de US$ 2 por dia (21% da população atual do país), a incorporação dos beneficiários do Bolsa Família ao setor produtivo e a redução a zero do déficit habitacional, atualmente na casa de sete milhões de moradias.
A seguir os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com números superfaturados, obras inacabadas e em ruínas, o novo programa dificilmente conseguirá cumprir resultados tão ambiciosos. O governo só executou, durante os quatro primeiros anos do programa (2007 a 2010), 39,9% de um orçamento de R$ 94,33 bilhões. E, como mostra o cronograma de execução, só 11,3% das obras foram concluídas desde 2007.
Na semana passada, o governo já tinha mostrado sua tática eleitoreira, ao leiloar às pressas e sem seriedade a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Discutir a usina é estratégico para a matriz brasileira, sobretudo para um país que pode crescer muito mais. Mas, no governo, a ordem era realizar o leilão em ano eleitoral, a qualquer custo, independente dos problemas ambientais e econômicos gerados pela hidrelétrica.
Não se sabe o verdadeiro objetivo de se lançar projetos às vésperas de acabar o governo. Acredita-se em fins eleitorais. Os assuntos não são tratados com a seriedade e responsabilidade devida. E o desrespeito à legislação (eleitoral, ambiental e fiscal) é proporcional à proximidade do final do mandato petista. "Ao término desse governo, cria-se todo tipo de programa sem fundamento, com claro caráter eleitoreiro", conclui Fruet.
Fonte: Agência Tucana

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